segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Correção da Atividade de Revisão para o 8 ano

Pessoal, segue a correção como prometido.
Estudem principalmente por ela! No entanto, não deixem de ler o livro e os registros do caderno. Bons Estudos!!!


Correção da Atividade de Revisão
1.      1. De acordo com o antropólogo Gordon Childe o ser humano é o ser mais frágil da natureza, do ponto de vista biológico. No entanto, consegue “melhorar” sua condição, através da transformação que realiza no meio em função de sua adaptação e sobrevivência.

2.       2. O ser humano é biológico pois possui um corpo que carrega as necessidades que são instintivas e naturais, tais como a vontade de comer ou de ir ao banheiro. No entanto, é ao mesmo tempo cultural pois através de sua inteligência e da sua relação, vai transformando e criando costumes próprios, como o que vamos comer.

3.      3. a) Biosfera: espaço onde é possível o desenvolvimento da vida no universo.
b) Antroposfera: espaço na biosfera que foi ajustado pelo ser humano para sua sobrevivência.
c) Cosmo humano: um espaço construído pelos conhecimentos realizados pelos diferentes grupos sociais através da história.

4. A relação entre os conceitos da questão anterior é que o ser humano precisa da biosfera para conseguir desenvolver-se e adaptar-se ao meio, criando assim, a antroposfera. A partir da junção dessa biosfera com a antroposfera forma-se o que denominamos como cosmo humano.

5. A linguagem determina a transição entre natureza e cultura pois é a partir dela que o ser humano aprende coisas novas e tem a possibilidade de desenvolver o conhecimento. E o trabalho também determina essa transição já que é através dele que criamos e desenvolvemos a realidade. Qualquer instrumento desenvolvido a partir do trabalho demonstra o uso do conhecimento, por isso, ele pode nos diferenciar dos outros animais.

6. Cultura designa o conjunto dos modos de vida criados e transmitidos de uma geração a outra, entre os membros de uma sociedade. Abrange conhecimentos, crenças, artes, normas, costumes e muitos outros elementos desenvolvidos e consolidados pelas coletividades humanas.


7. Essa questão é individual, no entanto, o que vocês devem ter em mente é o que na sua vida pode ser considerado um elementos cultural, ou seja, a forma como pensamos, agimos ou nos comportamos, demonstra essa influência.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O Racismo é estrutural no Brasil

Olá,

Acabo de ler essa reportagem no Estadão e achei interessante compartilhá-la devido à evidência dos últimos acontecimentos.
Andamos pelas ruas todos os dias em uma espécie de fantasia ao ignorarmos o fato de que temos um preconceito enraizado nas relações sociais do Brasil. Em função do “mito da democracia racial”, incorporamos a ideia de que tudo está bem e que todos no país têm as mesmas oportunidades.
Os dados estatísticos estão aí para mostrar que não é bem assim!
O acontecimento em Porto Alegre na torcida do Grêmio, também! Aliás, um ato de milhares que ocorrem todos os dias no Brasil.
Assistam ao horário eleitoral e contem quantos negros são candidatos a cargos políticos e quantos efetivamente se elegem!
Vejam um trecho da reportagem sugerida no link:
“Mas as constatações dos peritos da ONU, que visitaram o Brasil entre os dias 4 e 14 de dezembro de 2013, são claras: os negros no País são os que mais são assassinados, são os que têm menor escolaridade, menores salários, maior taxa de desemprego, menos acesso à saúde, são os que morrem mais cedo e têm a menor participação do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, são os que mais lotam as prisões e os que menos ocupam postos nos governos.”

Diante dessas informações fica a pergunta: Será que todos os negros não estão dispostos a trabalhar e melhorar sua condição de vida ou, será que existe um problema sério de desigualdade social, política e econômica no nosso País?




http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,racismo-e-estrutural-e-institucionalizado-no-brasil-diz-a-onu,1559036

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

Matéria para o Nono ano de Filosofia

Olá pessoal!!!

Seguem os dois slides que devem ser estudados para o Provão e a P1.
Leiam com atenção e anotem as dúvidas.
Qualquer coisa estou disponível na escola todos os dias!!!

Bom Estudo!
Prof. Lucas

http://www.slideboom.com/presentations/1005562/O-Trabalho-na-Hist%C3%B3ria

http://www.slideboom.com/presentations/1005558/Cap%C3%ADtulo-8

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Revisão para o sétimo ano de História para P2

Olá Pessoal do sétimo ano!

Abaixo, segue o link de revisão preparado especialmente para a P2 de História que acontecerá no dia 11/04/2014 - sexta.
Qualquer dúvida, favor anotar e perguntar.
Não deixe de tirar as dúvidas.
Bom Estudo!

Prof. Lucas


http://www.slideboom.com/presentations/971810/Revis%C3%A3o-para-P2-de-Hist%C3%B3ria

terça-feira, 1 de abril de 2014

A mídia é o ópio do povo

Mesmo parafraseando o famoso ditado acima, logo quando se lê vêm à mente o grande filósofo do século XVIII, Karl Marx, que teve um esforço incansável para tentar desmascarar toda e qualquer ideologia que possa retirar dos fatos reais uma interpretação verdadeira. Indo na mesma linha do filósofo, o que se pretende aqui é demonstrar a mídia como uma das mais fortes ideologias deturpadora dos problemas sociais.
No entanto, deve-se deixar claro que seria muita hipocrisia escrever um texto para a mídia criticando a mesma mídia. Por isso, não é genericamente que será tratado o assunto, mas, principalmente, da chamada GRANDE MÍDIA.
Dentre os muitos aspectos que poderiam ser trabalhados à partir do tema, a atenção maior estará voltada às tele-novelas diariamente ao alcance dos botões do nosso controle remoto. Sabe-se que essas não podem ser algo de estrema ilusão, mas devem trabalhar aspectos cotidianos com um floreio peculiar. Isso cria a idéia, não de uma ficção bem montada, mas de uma trama onde os atores conseguem ser reais em suas interpretações.
Sendo assim, um ator ou uma atriz será tanto melhor quanto mais conseguir passar veracidade à cena. Apesar de parecer a função óbvia dos atores, isso acaba prestando um desserviço aos telespectadores, que deveriam assistir e ter a plena consciência de que tudo o que está sendo passado é uma mentira. Mas os mesmos acabam por idealizar modelos e padrões que, inconscientemente, serão buscados a duras penas.
Em novelas, dificilmente encontramos mulheres novas, ricas e “gordas”, pois essas são apresentadas como empregadas domésticas ou, simplesmente, pobres. Os negros são “condenados” a fazerem papéis de miseráveis, mau caráter ou como os que aceitam reprimidamente a exclusão. Sempre existe um amor mal resolvido no começo, que passa por uma rede de conspiração, engano, traição e decepção, mas que no final acabará bem. Somente uma pessoa não acaba bem, a vilã ou o vilão do enredo, os quais acabam no hospício, mortos ou na miséria.
Disso tudo, que aparentemente são coisas desapercebidas na trama, temos ideologias perversas. No primeiro caso temos a transmissão de um padrão idealizado de beleza onde o melhor é ser magra. Com isso, conseguiremos ter dinheiro e fama. Do contrário, se for gordinha, ou faça um regime para se encaixar nos moldes ou está fadada a ser empregada doméstica e pobre.
Temos também o caso com os negros, que já possuem toda uma história de exploração e repressão. Nas famosas tele-novelas eles são novamente escravizados ideologicamente pela mídia a não pensarem em alçarem vôos de mudança, já que os brancos se acostumaram a não vê-los inseridos na alta sociedade e eles próprios, com baixa autoestima, não se arriscam a grandes inovações.
Quando falamos nos relacionamentos então, muitos aspectos podem ser levantados. Dificilmente encontramos novelas onde existam casais fiéis, ou em que o casal do “amor idealizado” seja pobre e termine o enredo pobre para mostrar que a felicidade não depende de sua classe social. Sem falar no padrão de homem e mulher perfeitos que muitos adolescentes, jovens e até adultos acabam esperando para suas vidas ao verem os relacionamentos apresentados.
Já no caso da vilã, fica nítida impressão de que ser uma pessoa má muitas vezes vale a pena, já que o “bonzinho” sofre a novela toda pelas conspirações e tramas armadas e só conseguirá ser feliz no último capítulo. Já o personagem maldoso, se dá bem a novela inteira e somente no último capítulo vai acontecer algo de ruim. Isso quando ele não termina na miséria, demonstrando que quem está nessa situação (que não são poucos) é porque fez alguma coisa de errado na vida.
Com tudo isso, que na verdade é uma pequena parte de tudo que se passa nas tele-novelas, muitas vezes ficamos preocupados com nossas crianças em preservá-las de cenas de sexo. Entretanto, muitas são as ideologias apresentadas por essa programação muito mais prejudicial, ou seja, os padrões de comportamento, de moda, de felicidade, de economia e a rede de maldades que eles nos colocam como se na sociedade fosse da mesma forma: os bonzinhos e os maldosos travando batalhas.

Na verdade, o que se esquece de dizer é que na sociedade real, nem sempre o bem vence no final, que existe uma má administração governamental que nos oprime a continuarmos com a mesma classe social e que o poder continua nas mãos dos ricos, os mesmos que no horário nobre nos vendem as drogas. Talvez se Marx estivesse vivo se espantaria em ver como a manipulação da religião é minúscula ante a abrangência e os recursos utilizados por essa grande mídia. Assim, nosso título seria integralmente de quem o proferiu pela primeira vez.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Mais um caso de descaso!!

Olá queridos alunos e leitores. Gostaria de compartilhar com vocês uma leitura recente de um caso igualmente recente e, por que não, chocante.

Não consigo olhar para uma realidade dessa e entender que foi um mero acaso, ou simplesmente algo "normal"...

Nossa competente polícia militar não cessa de demonstrar seus princípios e o porquê está nas ruas. Basta olhar e ver!!!

Segue o texto do brilhante Nassif:


A violência estatal que nos arrasta pelo asfalto

Para as elites do país é inadmissível que a "ordem" que lhes assegura no poder é sustentada por um grau altíssimo de violência estatal cotidiana.

Fábio Nassif
AND
Cláudia Ferreira da Silva foi assassinada por agentes de segurança pública. Moradora do Morro da Congonha, em Madureira (subúrbio do Rio de Janeiro), mãe de 4 filhos, negra, Cláudia havia saído pra comprar pão. Era domingo. Foi atingida por dois tiros, um no peito, outro na cabeça. Os policiais a jogaram no porta-malas da viatura e durante o trajeto seu corpo caiu no asfalto. Pelo relato de sua filha, Thaís, Cláudia ainda estava consciente quando foi arremessada no carro da polícia. Ela foi arrastada por pelo menos 350 metros e morreu. A cena foi gravada e divulgada na internet.
 
O roteiro que se segue diante de fatos como esse é o mesmo: os policiais afirmam que ela tinha ligações com o tráfico de drogas, que houve troca de tiros e que tentaram socorrê-la; o comando da Polícia Militar afasta os soldados envolvidos; o governo estadual promete apuração rigorosa do caso; a presidenta da República se diz chocada; a grande mídia explora o caso e se diz sensibilizada.
 
Todos esses protagonistas alimentam a mesma tese de que a morte de Cláudia se trata de uma exceção, um acidente, um erro de percurso, um incidente chocante e infeliz.
 
Os moradores da comunidade de Cláudia protestam. Mas para as elites do país é inadmíssível que a "ordem" que lhes assegura no poder é sustentada por um grau altíssimo de violência estatal cotidiana. É considerada uma ameaça ao seu "Estado democrático de direito", a percepção generalizada, por parte da população, de que o assassinato de negros pobres das periferias são regra básica e fundamental da nossa democradura.
 
Exagero? Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013, as polícias matam cinco pessoas por dia no Brasil. Duas em cada três pessoas mortas pela polícia são negras.
 
É tão incompreensível que tantos ônibus estejam sendo incendiados por aí?

A mídia cuida de somar a quantidade deles. Convocam “especialistas” em segurança para analisar os protestos violentos. Fazem o cálculo do prejuízo financeiro de tais depredações. E a narrativa se encerra no problema do trânsito causado pelos atos de revolta. 

Ignoram, hipócrita e propositalmente, o grito da população oprimida que quer passar um único recado: os assassinatos praticados por policiais são a regra no estado de exceção que existe nas periferias.
 
Mais do que uma análise acadêmica sobre as características do atual regime político brasileiro, a verdade irrefutável é que o aprofundamento da militarização do sistema de segurança do país faz deste estado um dos mais violentos do mundo.
 
O ano de 2014 já está marcado por um nível de conflitividade social ímpar. Como lidar com uma população que tem deixado de aceitar o cotidiano massacrante que garante o poder confortante de uma minoria? Até agora o que se sabe é que o país se prepara, com leis e armas, para garantir a realização da Copa do Mundo da Fifa e, muito mais do que isso, para retomar a "estabilidade" necessária para a realização das eleições.
 
Ainda mais neste ano em que descomemoramos o golpe militar de 64, não é possível admitir a defesa da “democracia” e ao mesmo tempo a manutenção da militarização da segurança pública. Não tem sentido lógico nem político defender um modelo de ocupação territorial ostensivo e militarizado de favelas – ironicamente chamado de pacificação – e se dizer em choque com as mortes praticadas pelas forças públicas de segurança.
 
Nem mesmo o forte slogan da "guerra às drogas" - que justifica até hoje os crimes cometidos pelo Estado – têm conseguido esconder o fato de se tratar de uma guerra aos pobres.
 
Enquanto os problemas de fundo do país não forem encarados em um nível político superior e com uma agenda de enfrentamento à lógica do Capital, nossa história, incapaz de se livrar da dependência da violência estatal, continuará sendo arrastada dolorosamente pelo asfalto.  
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Fábio Nassif é jornalista da Carta Maior.