domingo, 3 de março de 2013

O espetáculo ganha o prêmio!


Ao abrir as principais páginas da internet, sejam de notícias ou entretenimentos, pode-se perceber o caminho trilhado pelos meios de comunicação e que fazem parte do pensamento coletivo da população. É fato que os pensamentos, memórias, modos de falar, sentimentos e linguagens fazem parte do que o ser humano tem contato. Impossível pensar em algo que nosso sentido não tenha captado! (Um antigo pensamento platônico.)

Ao relacionar as informações acima citadas é fácil entender porque as músicas ouvidas pela população gira em torno do mesmo ritmo, melodia e estilo. É fácil entender porque é praticamente nula a variação do que se assiste pela televisão. Jornais, novelas, rádios e sites moldam e criam pensamentos, falas e sentimentos.

“Os melhores do ano”, prêmio dado pela Rede Globo no último domingo (03/03), deixa claro que os “melhores” são os mais populares e não, os que de fato são bons. No entanto, o que é ser o melhor? Uma música que repete inúmeras vezes a mesma frase sobre um carro não pode ser comparada a grandes gênios brasileiros os quais estudaram partituras e pensaram harmoniosamente a letra e o conteúdo da mesma.

Entretanto, o que ainda é pior são as opções de votação dadas ao público. É quase como se tivesse que escolher entre as opções: Sua cultura é inexistente? Você não tem identidade? Ou, qualquer coisa serve para você?

Após assistir essa mediocrização cultural com a marca Rede Globo de qualidade, é fácil entender por que a população não escolhe o melhor: por falta de opção, de educação e de condições contextuais que cada ser é obrigado a viver. Para que um cidadão possa ter a capacidade de escolher o melhor, ele precisa realmente conhecer, entender e ter condições de escolher o que é o bom.

No entanto, vive-se em uma sociedade do espetáculo. O político que aparece mais na televisão é eleito. O produto que possui mais propaganda e é mais divulgado, convence e vende mais. As roupas que as atrizes utilizam são as mais compradas. A música mais ouvida é aquela que as gravadoras mais investem em propaganda e divulgação. As escolhas são pautadas pela aparência.

Com isso, o ser humano transformou-se em uma marionete do sistema. Ouvimos, pensamos, falamos e somos o que os grandes querem. De Norte a Sul do Brasil somos massificados e perdemos a identidade de nossa terra e de nosso povo. Nesse domingo, o senso comum, as escamas e a mediocrização ganharam o prêmio de “Os melhores do Ano”.

Imagem Retirada de: http://agenciafatofa7.wordpress.com/2010/06/03/tv-espaco-de-democracia-ou-ferramenta-de-manipulacao-midiatica/

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